1. Restaurando a Paternidade
Mateus 6:6-9 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Na Bíblia, Deus é freqüentemente chamado de Pai. Ele é pai de Jesus Cristo de uma forma muito pessoal e única. Porém, Jesus ensinou-nos a chamar Deus de nosso pai.
Deus é nosso Pai tanto no sentido natural quanto no sentido espiritual. Todos os seres humanos são filhos de Deus, pois Ele nos criou à sua imagem (Gênesis 1:27). 27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Porém, os cristãos são filhos de Deus num outro sentido, porque escolhemos fazer parte da sua família ao aceitarmos a salvação que Ele nos ofereceu em Jesus Cristo (Hebreus 2:11-17. 11 Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu.
14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;
15 E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.
16 Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão.
17 Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.
Como nosso pai, Deus não só nos criou, mas também nos ama, continua a prover a nossa subsistência e perdoa os nossos pecados e exige que sejamos como e Ele. (Mateus 5:48). 48 Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Deus também nos disciplina (Hebreus 12:5-11). 5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
6 Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.
7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
9 Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
11 E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
2. A figura de Deus como nosso pai dá uma idéia de como a nossa paternidade humana deve ser.
Pense no homem (ou homens) que desempenhou o papel de pai na sua vida.
Pense sobre o que aprendeu com o seu pai.
Reflita sobre as boas qualidades que admira nele.
O que isto lhe diz sobre a atitude de Deus para com seus filhos? Algumas pessoas nunca conheceram seu pai biológico ou tiveram uma experiência negativa com o pai. Às vezes, isto torna difícil aceitar a idéia de Deus como pai. Se você estiver nesta situação, pense sobre outros homens (padrastos, irmãos mais velhos, amigos da família, avós, líderes juvenis e pastores da igreja) que tenham tido uma influência constante, positiva e de apoio na sua vida.
Quais são as qualidades paternas evidentes em Deus?
Você crê que somente um Pai biológico pode exercer a verdadeira posição de pai?
Lembre-se de que Deus também é descrito na Bíblia como uma mãe Mateus 23:37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Estas questões também devem ser consideradas para o papel da mãe e aplicam-se a qualquer pessoa que cuide de uma criança.
3. Qual o desejo de Deus pra nós?
O que mais palpita no coração de Deus? Qual seu grande plano para o seu povo? Ele deseja que sejamos a sua “família”. A família é idéia de Deus porque ele a ordenou e a projetou: “E lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Co 6.18). Deus é o Pai de uma grande família que inclui todos aqueles que consideram Jesus Cristo o seu Senhor.
A oração afetuosa do apóstolo Paulo pelos amados em Efésios expressa isso assim: “Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família tanto nos céus como na terra” (Ef 3.14,15). Deus é o Pai de quem deriva toda a paternidade, seu significado e inspiração. Precisamos entender a sua paternidade – seu amor, seu perdão e sua aceitação – se queremos entender relacionamentos familiares saudáveis na igreja e nas casas.
Infelizmente, a geração de hoje tem deturpado a idéia de paternidade porque os pais muitas vezes têm abusado da sua autoridade ou têm estado ausentes, causando uma lacuna de confiança e segurança, tanto na igreja como nas casas. Com todos estes modelos nada saudáveis no mundo, o povo de Deus, a igreja de Jesus Cristo, deve servir como exemplo em relação ao plano de Deus para a família.
A igreja precisa começar a entender o seu papel influenciador na área da paternidade – como uma comunidade de amor para o crescimento de vidas. Deus vai orientar muitos homens que têm o coração de pai a começar a ajudar e discipular homens mais jovens em suas comunidades. Mulheres mais maduras vão colocar mulheres mais jovens debaixo de suas asas e transmitir-lhes amor, cuidado e sabedoria. Famílias fortes vão se importar com famílias em que um dos pais está ausente, levando força e combatendo o sentimento assombroso da solidão. Vamos procurar a mesma alegria que a igreja primitiva exalava enquanto todos viviam em comunhão uns com os outros e com o Senhor.
Não podemos mais viver independentes uns dos outros. Deus quer restaurar a paternidade e a maternidade em seu Reino e isto tem o seu começo com a promessa de ser Pai para nós; mas para que os irmãos experimentem a verdadeira família espiritual, pais e mães espirituais precisam obedecer ao chamado do Senhor. As famílias e a igreja precisam de pais e mães que vão assumir suas responsabilidades como pais espirituais.
(Transcrito do livro “O Clamor por Pais e Mães Espirituais”, de Larry Kreider)
4. O que precisamos? - O coração de Deus Pai !
SENHOR, DÁ-ME UM CORAÇÃO IGUAL AO TEU
Preciso desejar ardentemente ter o CORAÇÃO DE DEUS!!!
Um coração bondoso, amoroso, longânimo, perdoador, acolhedor, misericordioso, largo e espaçoso, humilde, justo e firme, coerente, PATERNO!!! É a Palavra dele que nos exorta: “Dilatai os vossos corações” (2 Co 6.11,13).
11 Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado.
12 Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos.
13 Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós.
14 Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
15 E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
16 E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Deus é Pai e tem nos chamado para compartilhar sua glória conosco, nos confiando o cuidado de vidas preciosas que pertencem a Ele, para que assim sejamos seus representantes fiéis, isto é, sermos pais de muitos que o diabo destruiu e roubou de suas paternidades. Paulo identifica a facilidade de sermos pedagogos, isto é, professores, mas o que falta é paternidade de alguém que é, de fato, um pai.
“Porque ainda que tivésseis milhares de preceptores (no original, pedagogos) em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (1 Co 4.15).
“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5.48).
Preciso confessar o pecado, buscando um profundo e genuíno arrependimento, identificando e renunciando, pelo agir do Espírito Santo, meus conceitos humanos, atitudes e palavras que não são conforme Cristo e conforme a paternidade de Deus o Pai.
Tenho experimentado que os momentos mais difíceis são aqueles quando somos repreendidos, somos corrigidos, somos encontrados em falta, falhamos com a nossa responsabilidade, deixamos de acatar uma orientação, não cumprimos com a nossa palavra ou compromisso e etc. Momentos em que somos expostos como errados e faltosos diante dos outros. E qual é a nossa reação interna? Qual o sentimento real que manifestamos no interior? Qual a posição que tomamos para conosco mesmos e para com os outros em questão? O que reivindicamos a nosso favor como autoproteção? Como respondemos quando somos surpreendidos e confrontados por algum motivo?
Como reagimos como pais? Quando me deparei com algumas ações e reações dos meus filhos (biológicos e espirituais) para comigo, onde sou desrespeitado, agredido, acusado, desafiado, rejeitado, desprezado e enganado, sondei meu interior para ver qual seria o real sentimento e decisão a tomar, e pude ver dois caminhos:
Reescrever mais uma das histórias de ódio, revolta, separação, rejeição e abandono, histórias tão comuns e tão repetidas pelos pais em todos os lugares
ou…
Tomar a cruz, rendendo o meu ser interior em decidir ser como o Pai Eterno, sendo assim um perdoador que perdoa do íntimo, amando sempre e incondicionalmente, incluindo e aceitando o filho, sem, contudo, aceitar o pecado dele, não o rejeitando e nem o expulsando do coração por causa de suas atitudes e palavras e nunca deixando que a vingança seja o executor da autoridade, mas sim, a HUMILDADE e o EXEMPLO.
A dura realidade é discernir qual é o meu coração. É de pedra? É mesquinho? É autoritário? É superior? É vingativo? É soberbo? É orgulhoso? É injusto? É pequeno e egoísta? Este é o coração carnal e demoníaco. E de tudo isto devemos estar totalmente livres.
O desafio de Jesus continua e ecoa a cada dia para todos que querem ser bons pais espirituais como ele é: “Aprendei de mim que sou manso e humilde e coração” (Mateus 11.29).
Sim, Senhor, eu te peço, dá-me um coração igual ao teu!
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