Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele
aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos
lavandeiros. E assentar-se-á como fundidor e
purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e
como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça. Malaquias 3:2
O ouro é Provado Provérbios 17:3 "O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas o Senhor prova
os corações"
Crisol - recipiente das
máquinas fundidoras, onde se derrete o metal; O ouro, quando encontrado pelo
garimpeiro, aparentemente não tem nenhuma beleza. Só depois de purificado no
fogo realça sua cor e seu brilho, tornando-o valioso.
Um encontro
indesejável, porém necessário. A pepita de ouro, em seu estado bruto, pode ser
irreconhecível para a maioria das pessoas. Sua forma é irregular. Por estar
coberta de sujeira, seu brilho é mínimo ou até ausente. Assim, ela é
desvalorizada, desprezada, abandonada e esquecida. Contudo, a aparência não
invalida sua essência. O especialista reconhece
e valoriza seu potencial. O garimpeiro escolhe a pepita entre tantas pedras do
rio ou escava a terra à sua procura. Seu coração se alegra ao encontrá-la. Ela
é separada e recolhida com todo cuidado.
A pepita pode ser
lavada, mas esse ato remove apenas a sujeira exterior. Em seguida, ela é
conduzida ao fogo que, com temperatura altíssima, derrete o ouro. Pode parecer
que, ao final, nada restará. Seria o fim da pepita? De certo modo, sim. A
mudança é tão drástica que o nome deixa de ser apropriado. O calor do fogo faz
com que o ouro se derreta, tirando-o de seu estado bruto e duro. Ocorre, então,
a separação entre o precioso metal e as outras substâncias que estavam nele
incrustadas. Muitas delas serão consumidas pelo fogo. Outras serão removidas. Terminada
a purificação, o ouro derretido, aceita a forma que o ourives desejar, seja ela
qual for. O metal está totalmente flexível e maleável. Ao final, o resultado
será uma barra de ouro puro ou uma jóia preciosa. Agora, o ouro terá mais
beleza, valor e utilidade.
Este processo ilustra
bem a nossa experiência com Deus. Jesus veio ao mundo em busca do homem perdido
que, como uma pepita de ouro, encontrava-se contaminado, por dentro e por fora.
Defeituoso pelo pecado,dá pra imaginar um travesti, uma prostituta uma pedra de
grande valor, nós não enxergamos isso mais Deus enxerga. Ainda que todos nos
desprezem, o Senhor nos valoriza.
Quando somos alcançados
pelo Evangelho, começa em nós um processo de transformação. Algumas mudanças
são imediatas, mas outras podem demorar. O sofrimento que nos sobrevém é
comparado ao fogo. "Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que
perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na
revelação de Jesus Cristo" (I Pedro 1.7). As tribulações, que parecem
destruidoras e ameaçam nos consumir, ajudarão no aperfeiçoamento do nosso
caráter. As lutas da vida nos ensinam lições que, de outro modo, não
aprenderíamos (Dt.8.3)."Também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a
tribulação produz perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência
a esperança" (Rm. 5: 3-4).
I Pedro 4:12 Amados, não estranheis a ardente prova que
vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;
Por meio do fogo, o
Senhor vai retirando de nós aquilo que não condiz com a Sua vontade. São males
que não fazem parte da nossa alma, ainda que estejam nela arraigados. A remoção
dos corpos estranhos parece perda, mas é livramento. Enquanto a sujeira sai, o peso
diminui, mas o valor aumenta. Quando estamos no fogo, pensamos que, ao final,
nada restará. Não conseguimos entender ou controlar o que está acontecendo.
Parece que chegou o nosso fim, mas é apenas o começo de uma nova fase.
Queremos evitar os
sofrimentos da vida. Em alguns casos, isso pode ser possível, mas não
completamente. Sempre que pudermos evitar o pecado, evitaremos também os
sofrimentos que ele produz (I Pe 4.15). Entretanto, muitas tribulações nos
sobrevirão, ainda que não tenhamos cometido um pecado imediato ou diretamente
relacionado a elas. O ouro precisa encontrar-se com o fogo. Afinal, não existe outra forma
de purificá-lo a fundo. Através do sofrimento, não pagamos nossos pecados nem
obtemos perdão, mas ele contribui para a nossa maturidade e mudança de caráter.
"Amados, não estranheis
a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa
estranha vos acontecesse; mas regozijai-vos por serdes participantes das
aflições de Cristo; para que também na revelação da Sua Glória vos regozijeis e
exulteis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque
sobre vós repousa o Espírito da Glória, o Espírito de Deus. Que nenhum de vós,
entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se
entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe,
antes glorifique a Deus nesta parte" (I Pedro 4.12-16).
Se pudéssemos evitar
todo sofrimento da vida, também evitaríamos o processo de purificação e
aperfeiçoamento do caráter. O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola, enfatiza
duas palavras: sofrimento e glória.
O ouro, depois de
passar pelo fogo, alcança a glória de se tornar uma jóia. Cristo, depois de
passar pela cruz e pela sepultura, alcançou a Ressurreição e a Glória
Celestial. Assim acontecerá conosco. Isto não significa que seremos salvos pelo
sofrimento. No caso do ouro, sua "salvação" aconteceu quando o
garimpeiro lhe tirou da jazida ou do rio. Contudo, ali começava um processo
para que ele alcançasse o melhor de seu potencial. Nós também sofremos para que
o nosso caráter seja aperfeiçoado, de modo que nos tornemos cada vez mais
parecidos com Jesus, vendo manifestar em nós o que podemos herdar e viver da
natureza divina (II Pedro 1.4). Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.
O sofrimento do tempo
presente pode parecer interminável, mas este não é o fogo eterno. O ourives
está atento e retira o ouro do fogo assim que o processo tenha sido concluído.
Existe um tempo determinado. Não devemos reclamar, mas agradecer a Deus por
elas. Estamos nas mãos do Ourives Celestial, que está nos tornando cada vez
mais úteis, preciosos e agradáveis aos Seus olhos.
Deus sabe o momento certo de encerrar a provação, e ele não permitirá que sejamos provados além das nossas forças!
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