quarta-feira, 12 de agosto de 2015

PROVAÇÃO - Como ouro refinado no fogo!


Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.   E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça. Malaquias 3:2





O ouro é Provado Provérbios 17:3 "O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas o Senhor prova os corações"

Crisol - recipiente das máquinas fundidoras, onde se derrete o metal; O ouro, quando encontrado pelo garimpeiro, aparentemente não tem nenhuma beleza. Só depois de purificado no fogo realça sua cor e seu brilho, tornando-o valioso.

Um encontro indesejável, porém necessário. A pepita de ouro, em seu estado bruto, pode ser irreconhecível para a maioria das pessoas. Sua forma é irregular. Por estar coberta de sujeira, seu brilho é mínimo ou até ausente. Assim, ela é desvalorizada, desprezada, abandonada e esquecida. Contudo, a aparência não invalida sua essência.  O especialista reconhece e valoriza seu potencial. O garimpeiro escolhe a pepita entre tantas pedras do rio ou escava a terra à sua procura. Seu coração se alegra ao encontrá-la. Ela é separada e recolhida com todo cuidado.

A pepita pode ser lavada, mas esse ato remove apenas a sujeira exterior. Em seguida, ela é conduzida ao fogo que, com temperatura altíssima, derrete o ouro. Pode parecer que, ao final, nada restará. Seria o fim da pepita? De certo modo, sim. A mudança é tão drástica que o nome deixa de ser apropriado. O calor do fogo faz com que o ouro se derreta, tirando-o de seu estado bruto e duro. Ocorre, então, a separação entre o precioso metal e as outras substâncias que estavam nele incrustadas. Muitas delas serão consumidas pelo fogo. Outras serão removidas. Terminada a purificação, o ouro derretido, aceita a forma que o ourives desejar, seja ela qual for. O metal está totalmente flexível e maleável. Ao final, o resultado será uma barra de ouro puro ou uma jóia preciosa. Agora, o ouro terá mais beleza, valor e utilidade.

Este processo ilustra bem a nossa experiência com Deus. Jesus veio ao mundo em busca do homem perdido que, como uma pepita de ouro, encontrava-se contaminado, por dentro e por fora. Defeituoso pelo pecado,dá pra imaginar um travesti, uma prostituta uma pedra de grande valor, nós não enxergamos isso mais Deus enxerga. Ainda que todos nos desprezem, o Senhor nos valoriza.

Quando somos alcançados pelo Evangelho, começa em nós um processo de transformação. Algumas mudanças são imediatas, mas outras podem demorar. O sofrimento que nos sobrevém é comparado ao fogo. "Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (I Pedro 1.7). As tribulações, que parecem destruidoras e ameaçam nos consumir, ajudarão no aperfeiçoamento do nosso caráter. As lutas da vida nos ensinam lições que, de outro modo, não aprenderíamos (Dt.8.3)."Também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança" (Rm. 5: 3-4).

I Pedro 4:12  Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;

Por meio do fogo, o Senhor vai retirando de nós aquilo que não condiz com a Sua vontade. São males que não fazem parte da nossa alma, ainda que estejam nela arraigados. A remoção dos corpos estranhos parece perda, mas é livramento. Enquanto a sujeira sai, o peso diminui, mas o valor aumenta. Quando estamos no fogo, pensamos que, ao final, nada restará. Não conseguimos entender ou controlar o que está acontecendo. Parece que chegou o nosso fim, mas é apenas o começo de uma nova fase.

Queremos evitar os sofrimentos da vida. Em alguns casos, isso pode ser possível, mas não completamente. Sempre que pudermos evitar o pecado, evitaremos também os sofrimentos que ele produz (I Pe 4.15). Entretanto, muitas tribulações nos sobrevirão, ainda que não tenhamos cometido um pecado imediato ou diretamente relacionado a elas. O ouro precisa encontrar-se com o fogo. Afinal, não existe outra forma de purificá-lo a fundo. Através do sofrimento, não pagamos nossos pecados nem obtemos perdão, mas ele contribui para a nossa maturidade e mudança de caráter.

"Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da Sua Glória vos regozijeis e exulteis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da Glória, o Espírito de Deus. Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" (I Pedro 4.12-16).

Se pudéssemos evitar todo sofrimento da vida, também evitaríamos o processo de purificação e aperfeiçoamento do caráter. O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola, enfatiza duas palavras: sofrimento e glória.

O ouro, depois de passar pelo fogo, alcança a glória de se tornar uma jóia. Cristo, depois de passar pela cruz e pela sepultura, alcançou a Ressurreição e a Glória Celestial. Assim acontecerá conosco. Isto não significa que seremos salvos pelo sofrimento. No caso do ouro, sua "salvação" aconteceu quando o garimpeiro lhe tirou da jazida ou do rio. Contudo, ali começava um processo para que ele alcançasse o melhor de seu potencial. Nós também sofremos para que o nosso caráter seja aperfeiçoado, de modo que nos tornemos cada vez mais parecidos com Jesus, vendo manifestar em nós o que podemos herdar e viver da natureza divina (II Pedro 1.4). Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.

O sofrimento do tempo presente pode parecer interminável, mas este não é o fogo eterno. O ourives está atento e retira o ouro do fogo assim que o processo tenha sido concluído. Existe um tempo determinado. Não devemos reclamar, mas agradecer a Deus por elas. Estamos nas mãos do Ourives Celestial, que está nos tornando cada vez mais úteis, preciosos e agradáveis aos Seus olhos.

Deus sabe o momento certo de encerrar a provação, e ele não permitirá que sejamos provados além das nossas forças!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

OS ENGANOS DA FALSA FÉ

Ter fé vai além do crer para receber. Ter fé é se comprometer com as verdades bíblicas. Ter fé é praticar as ordenanças de Deus sem que...