quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O chamado para o Reino.




 O Chamado é urgente!
   Os evangelhos registram muitas histórias acerca de pessoas que foram chamadas para seguir a Jesus – a se tornarem discípulos. Em todos eles, o chamado é de máxima urgência. Tinham de lhe responder quando Ele lhes perguntou, mesmo que isso envolvesse uma considerável interrupção para ele e as pessoas ao seu redor. Por exemplo:
·         Simão, André, Tiago e João – Mateus 4.18-22
·         Mateus – Mateus 9.9
·         O jovem rico – Mateus 19.21
·         Uma pessoa cujo nome não é mencionado – Lucas 9.59
·         Felipe – João 1.43
   Podemos ver nestas histórias que algumas pessoas imediatamente começaram a seguir a Jesus, mas outras inventaram desculpas e não seguiram. Os chamados do reino podem ser irresistíveis, mas não são compulsórios. Deus sempre quer que respondemos em amor. Ele não nos força se não queremos segui-Lo nos Seus termos, no Seu tempo.
 O chamado é definitivo!
   O chamado não somente era urgente, mas era também definitivo. Eram chamados permanentemente para abandonar a tudo e segui-Lo.
·         Lucas 9.62 mostra que não podiam olhar para trás.
·         Marcos 10.33 declara que Jesus não deve ser renunciado perante os homens.
·         João 8.31 deixa claro que os discípulos devem permanecer no ensino de Jesus.
   Tornar-se um seguidor ou discípulo de Jesus não é meramente uma resposta emocional ou uma aquiescência mental do Seu ensino – é uma decisão permanente de seguir a Jesus, aprender Dele, obedecê-Lo, e ficar perto Dele.
 O chamado tem alto preço!
Marcos 1.16 e Lucas 5.1-11 contam a história do chamado ao discipulado de quatro pescadores: Simão, André, Tiago e João. Ao seguir a direção de Jesus, eles pegaram um número tão grande de peixes que suas redes corriam o risco de se quebrarem e seus barcos de afundarem.
   Lucas 5.11 relata que ‘deixaram tudo, e O seguiram’. O ‘tudo’ deve ter incluído a pesca miraculosa que tinham acabado de trazer à praia. Deve ter sido uma de suas pescarias mais bem sucedidas, até o momento – como parte de sua resposta a Jesus – deixaram a pesca na praia para os seus amigos e família.
   Lucas 14.25-33 descreve como as grandes multidões iam com Jesus. Eram curiosas, estavam interessadas – até mesmo fascinadas, mas não se comprometiam e não haviam avaliado o preço.
   Nesta passagem, podemos ver que estava ausente a essência de um discípulo – não haviam refletido e pensado cuidadosamente no que envolvia seguir a Jesus. A menos que deixassem tudo, não podiam ser discípulos de Jesus.

Mt.4.18-22; 9.9; 19.21 – Lc.9.59; 9.62 – Jo.1.43; 8.31 – Mc.10.33; 1.16-20 – Lc. 5.1.11; 14.25-33

Mateus 6.33 mostra que devemos colocar o reino de Deus em primeiro lugar. Antes de tudo mais devemos buscar o governo de Deus e Seu modo correto de se viver. A passagem paralela, em Lucas 12.31-34, mostra que este viver correto é caracterizado pela generosidade altruísta.
   Quando, em Mateus 16.13-33, os discípulos se aperceberam de quem Jesus era, explicou-lhes que isto significava sofrimento e morte. Isto foi anátema para os discípulos, assim Pedro levou Jesus ao lado e argumentou com Ele. Mas Jesus lhes repreendeu, dizendo que seus argumentos com a boa intenção eram maus em sua origem, e disse-lhes que a exigência divina do sacrifício de si mesmo aplicava-se tanto a eles como a Ele próprio.
Ele disse, em Mateus 16.24 e Marcos 8.34: ‘Se alguém quiser vir após Mim, negue se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-Me’. Lucas 9.23 acrescenta que isto deve ser feito ‘a cada dia’.
   Estas palavras foram proferidas àqueles que já tinham começado a seguir Jesus, os quais tinham visto Deus operar poderosamente através deles, os quais agora entendiam que Jesus estava indo em direção à rejeição e o sacrifício. Agora que conheciam a verdade, Jesus os libertou para fazer uma escolha entre o eu e o sacrifício de si mesmo.
   Ser um discípulo é dizer a cada dia ‘morte ao eu’. Não se trata de um conjunto de exercícios ascéticos, mas sim, isto significa ignorarmos a nós mesmos e concentrarmo-nos somente em Cristo. Significa colocar a vontade de Cristo no lugar do ‘eu’. Significa fixarmos nossos olhos de tal modo Naquele que estamos seguindo que ficamos cegos para o caminho que é muito íngreme para nós e surdos à dor que pleiteia para desistirmos. Significa saber que nada nesta vida se compara com a glória que nos aguarda – se continuarmos perto das costas encurvadas e açoitadas de Jesus.
   Quando seguimos a Cristo, devemos mostrar que tencionamos a morte ao eu ao tomarmos nossa cruz oferecida por Deus. Isto não é um incômodo ou uma dificuldade diferente daquelas que todas as pessoas passam. Será alguma forma de sacrifício, provação ou rejeição ‘por amor a Cristo’, a qual é dada a todos aqueles que O seguem.
   Cada discípulo que quer seguir as pegadas de Cristo tem sua própria cruz pessoal aguardando ser coletada. Cada seguidor deve considerar a si mesmo como tendo a mesma baixa expectativa de vida que as pessoas que foram condenadas à morte aguardam sua execução.
   Esta morte do eu não é uma calamidade, mas é o fruto do comprometimento. Não é o fim de tudo, mas sim, é o início de uma vida abundante com Cristo – quando começamos a deixar que Sua vontade nos controle e nos governe. Os doze ouviram estes novos requisitos do discipulado e nenhum deles se afastou.
  O CHAMADO PARA SER SEMELHANTE A CRISTO!
   Há uma progressão óbvia no chamado do reino. Somos chamados para mudar o modo que pensamos sobre Deus, Jesus nós mesmos – começar a pensar do modo de Deus, ter sua atitude e direção. Então somos chamados para crer em Jesus, confiar e contar com Ele e confiar Nele completamente.
   Mostramos que confiamos nele quando o seguimos e nos tornamos Seus discípulos. Pensamos nas Suas palavras; pessoalmente aprendemos Dele, e então agimos de acordo com o que Ele diz.
Mt.6.33; 16.13-33 – Lc. 12.31-34; 9.23 – Mc.8.34 -
   Mas isto não é o fim. Não somos meramente chamados para segui-Lo, somos também chamados – ao segui-Lo – para nos tornamos semelhantes a Ele.
   Os Evangelhos registram cinco modos chaves nos quais todos os discípulos são chamados para serem semelhantes a Cristo.
1.    Amar
   Jesus em João 13.34 disse aos discípulos que Ele tinha um novo mandamento para eles. Era ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei a vós’. O versículo seguinte mostra que este amor provaria a ‘todos’ que eles eram discípulos de Jesus.
   Este mandamento foi dado momentos depois que Jesus lavara os pés dos discípulos, deste modo o mandamento de amarmos uns aos outros como Jesus amou, deve ser entendido nos termos do serviço prático e servil.
   Pouco tempo depois, em João 15.12, Jesus volta ao mesmo tema. Mais uma vez Ele ordena que amem uns aos outros como Ele os ama.
   Há muitos cristãos que pensam que são chamados para amar a Jesus – e são; mas amor como Jesus ama significa amar um ao outro numa maneira completamente prática. O versículo 11 mostra que este é o modo de termos a alegria completa.
2.    Dar
   Em João 15.13-14, Jesus explica exatamente o que Ele quer dizer com amor. Trate-se de um dar sacrificial. É entregarmos nossas vidas pelos nossos amigos.
   Perceba que, se sacrificialmente amamos uns aos outros como Jesus o faz, não somos meramente chamados de Seus discípulos, somos agora identificados como Seus ‘amigos’.
   O versículo 14 é muito importante. Somos amigos de Jesus quando fazemos qualquer coisa que Ele nos ordena. Este é o governo pessoal de Deus na prática. Isto é viver no reino.
   Não temos nenhuma ideia do que Jesus nos ordenará – e temos menos idéia ainda do que Ele ordenará aos outros. Será algo pessoal e singular para cada pessoa. Todavia, podemos esperar que isto envolverá o dar sacrificial e amoroso que está no contexto desta palavras.
   O versículo 16 contém uma promessa maravilhosa. Mas não ousamos separá-la dos versículos que estão ao seu redor. Esta promessa é para os amigos de Jesus, os quais amam e dão como Ele – para aqueles seguidores que verdadeiramente tem a semelhança de Cristo.
3.    Servir
   Marcos 10.45 é uma revelação chave sobre Jesus. Jesus sempre reivindicou ser ‘o Filho do Homem’- um nome que trazia consigo imagens mentais poderosas para os judeus.
   Este título origina-se em Daniel 7.13-14 onde ao Filho do Homem é dado ‘o domínio, a glória e o reino e que todos os povos, nações e línguas devem servi-lo. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino é o único que não será destruído’.
Jo.13.34-35; 15.12; 15.13-14; 15.16 – Mc.10.45 - Dn.7.13-14
   Ao reivindicar ser o Filho do Homem, Jesus estava implicitamente afirmando ser Aquele sobre o qual Daniel estava escrevendo. No entanto, em Marcos 10.45, Jesus virou de ponta-cabeça o entendimento popular do Filho do Homem.
   Jesus disse que, ao invés de ser servido por todas as pessoas, ‘O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar Sua vida em resgate a muitos’.
   Jesus falou estas palavras aos Seus discípulos em conclusão e explicação do seu mandamento em Marcos 10.42-44, servir num modo completamente diferente do mundo. ‘Entre vós não será assim. Antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será o que vos sirva, e quem entre vos quiser ser o primeiro será servo de todos’.
   Devemos servir exatamente do modo que o Filho do Homem serviu. Como súditos do rei, somos chamados para servir a Jesus – mas isto significa servir aos outros como Jesus, e servi-los com Jesus.
   Paulo escolhe este tema em Filipenses 2.5-11. Mas vemos nos certificar que percebemos que Paulo apresenta esta descrição de Jesus, o servo, exortando-nos a ter ‘o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus’. Mais uma vez, temos que ter as atitudes de Deus – pensar como Ele – antes de podermos nos comportar como Ele.
4.    Trabalhar
   As palavras de Jesus em João 14.12 relacionam-se com tudo isto. ‘Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai’.
   A crença traz conseqüências. Se pensarmos como Jesus, se confiarmos e contarmos com ele, se o seguirmos, certamente a única coisa que se esperará é que nos veremos fazendo as obras que Ele faz.
   As mentes de muitas pessoas saltam para os milagres quando pensam neste versículo nas obras de Jesus. Mas este versículo está colocado no mesmo contexto vivo demonstrando em ‘lavagem de pés’ como os Seus mandamentos de dar, amar e servir.
   Se cremos em Cristo, podemos esperar nos comportar como Cristo. Isto incluirá milagres poderosos, mas será dominado pelo serviço humilde.
5.    Ir
    As primeiras palavras de Jesus aos Seus discípulos depois de Sua ressurreição estão registradas em João 20.19-22. O versículo 21 contém seu chamado final para sermos semelhantes a Ele, ‘Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio’.
   No Evangelho de João, Cristo constantemente revela a Si mesmo como Aquele que é enviado, como Aquele que está sob o governo pessoal de Deus. Ele não fala de Si mesmo, não faz nada de Si mesmo e não vai a nenhum lugar por Sua própria iniciativa. Podemos encontrar isto em João 5.19,30; 6.38; 7.28-29; 8.26,28-29; 10.18 e 12.49-50. O Filho fala o que o Pai fala. Ele faz o que o Pai faz. E ele vai onde o Pai envia.
   Jesus envia Seus discípulos exatamente do mesmo modo. Devem ir como Ele foi. Isto tem duas implicações. Em primeiro lugar, os discípulos não podem ficar onde estão – deve haver movimento e ação, deve haver algum ‘ir’. E em segundo lugar, os discípulos ’vão’ sob o governo pessoal de Deus. Devemos ir somente onde Ele envia e quando Ele envia falar somente o que Ele fala e fazer somente o que Ele faz.

Mc.10.45 – Fp.2.5-11 – Jo.14.12; 20.19-22; 5.10; 5.30; 6.38; 7.28-29; 8.26; 8.28-29; 10.18; 12.40-50

Forte abraço.
Pr. Daniel Moura
Texto Apostila Reino de Deus

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